2009 foi um ano estranho. Diferente de todos os outros, com certeza, melhor em vários aspectos, tranquilo em outros, complicado em mais alguns. Mas um bom ano.
Talvez pelo dinheiro, pela segurança, pelos problemas que se mudaram pra longe (como eu tanto sonhei) e, ainda como sonhei, se transformaram (ó, quem diria!) em saudade. Aquela saudade gostosa e quentinha misturada com nostalgia, e nesse caso, com alívio. A certeza absoluta de que era mesmo melhor assim, de que algumas feridas e desgastes só o tempo e a distância curam. Parece que ficou só a parte boa da relação, aquela que eu nem me lembrava que existia. Mas existe e está aqui.
A gente às vezes se esquece. Do quanto pediu e desejou algumas coisas, do quanto importunou Deus querendo dinheiro, sucesso e um amor de verdade, querendo diminuir algumas distâncias e aumentar outras, querendo paz, saúde, amigos de verdade. A gente um dia acorda e se descobre com todas essas coisas realizadas, e vê que é hora de agradecer. What are you grateful for?
Pelo “emprego dos sonhos”, pelo amor imperfeito mas tão real, pelos amigos e seus colos e ombros, pela tranquilidade, pelas aquisições (materiais ou não), pelas superações, pelas distâncias aumentadas e diminuídas, pela sorte, pelo azar, pelos percalços, pelas voltas por cima. Pela vida adulta que enfim chegou. Desde criança eu não via a hora de ser adulta, sabe?
Obrigada, 2009. Pra mim mais que pra maioria dos que conheço, você foi revolucionário, libertador, recompensador, carregado de sorte. Sorte, sorte, sorte. Em nomeações, concursos, encontros, desencontros, no amor, em tudo.
E que venha esse novo ano ainda muito melhor, porque PRA QUÊ PEDIR POUCA COISA, né?