Hoje é aniversário da MY OWN Serena Van der Woodsen. Que eu aaaaamo tanto, dependo tanto, admiro tanto, me confidencio tanto, confio tanto tanto tanto. É amor demais, Braseeel. You know it, bitch.
Te desejo toda a felicidade e todo o glamoooour do mundo, honey.
Love, B.W. (me achei)
segunda-feira, outubro 18, 2010
É isso... que se danem as probabilidades, as chances, as previsões de futuro.
Let's have a lot of sex, let's just live. Me and you. Whatever happens, happens.
when I was younger I saw
my daddy cry
and curse at the wind
he broke his own heart
and I watched
as he tried to reassemble it
and my momma swore
that she would
never let herself forget
and that was the day that I promised
I’d never sing of love
if it does not exist
but darling…
you are the only exception
maybe I know somewhere
deep in my soul
that love never lasts
and we’ve got to find other ways
to make it alone
keep a straight face
and I’ve always lived like this, keeping a comfortable distance
and up until now I had sworn to myself that I’m content with loneliness
because none of it was ever worth the risk
well, you are the only exception
you are the only exception...
Meredith: I lied. I’m not out of this relationship. I’m in. I’m so in, it’s humiliating, because here I am, begging— Derek: Meredith...
Meredith: Just, shut up. You say Meredith and I yell, remember?
Derek: Yeah.
Meredith: OK, here it is. Your choice, it’s simple, her or me. And I’m sure she’s really great. But Derek, I love you. In a really, really big, pretend to like your taste in music, let you eat the last piece of cheesecake, hold a radio over my head outside your window, unfortunate way that makes me hate you, love you. So pick me. Choose me. Love me. I’ll be at Joe’s tonight, so if you do decide to sign the papers, meet me there.
(Esse é antigo, mas acho TÃO FODA até hj)
sexta-feira, março 05, 2010
Clare: There’s no such thing as time travel.
Henry: Well, if you hang along long enough, you’ll see me disappear.
- The Time Traveler's Wife
Amor ALÉM DA VIDA por esse filme e esse livro...
sexta-feira, fevereiro 19, 2010
“I know now that I’m good enough not to deserve this. Not to have to feel like this. Not to love you so much that I almost hate you. I deserve someone who will stay. I’m happy you’re okay, and I’m happy about your job. And I want you to go, and be happy, and not come back.”
—
Alex Karev (Grey’s Anatomy 6x12: I Like You So Much Better When You’re Naked)
sábado, janeiro 30, 2010
Aniversariante do meu coraçãaaao, faço minhas as palavras da Marilyn.
Have an unbelievably amazing life, gorgeous. Always.
And so it is, 1 ano. Como eu sempre digo, no piece of cake, no “La vie em rose”, nenhum mar de rosas. Mas 1 ano de apoio mútuo, de vontades reforçadas, de fé, de força, de superação, de construção. Um ano de amor, amor sim.
Amor de adulto, amor de verdade, de perrengue, dúvida, diferenças, dificuldades. Mas dos mais reais e genuínos que eu já vi. Mesmo porque, isso aqui é o mundo real, meu povo, não o high school musical.
Parabéns pra nós. Do nosso amor a gente é quem sabe, pequeno.
Wish u all the happiness in the world, and nothing less.
quinta-feira, novembro 19, 2009
Mas sabe o quê? Quando tudo parece pesado demais, eu me lembro que sempre vou tê-las comigo. Os ombros, as mãos, os colos, as palavras. Definitivamente, não há NADA como a amizade - clichê, eu sei, but so true.
"Remind me that we'll always have each other when everyone else is gone"
Às vezes me sinto a peça faltando em você. Às vezes me sinto à beça, você nem merece ter.
- Você não vai mandar em mim, entende isso de uma vez por todas!
...
- Sabe, eu acho bom que você exploda! Ao invés de ficar se fazendo de anjinho o tempo todo...
...
- Você está do meu lado ou não está?
- Quando você estiver absolutamente errado como está agora, não.
...
- Você é igual aquela menina do filme, que faz tudo pra todo mundo e deixa todo mundo pisar na sua cabeça.
...
- Pra mim tá claro que eu estou com você muito mais do que você tá comigo.
- Se é assim que você pensa, eu não posso fazer nada a respeito. Eu não vou ficar te consolando e passando a mão na sua cabeça se eu discordo 100% de tudo que você disse até agora.
...
- Pára de gritar, eu tô aqui do seu lado.
- Não me manda falar baixo, você me provoca o quanto quer e depois me manda não gritar? Eu sempre falei alto, é essa a namorada que você tem. Não se acostumou ainda?
...
- Eu não vou aguentar isso pro resto da vida.
...
- Se todo mundo até agora abaixou a cabeça pra você e simplesmente aceitou a sua intolerância e a sua grosseria, pode saber que comigo não vai ser assim. Eu não vou ter mais paciência do que já tenho, eu não vou deixar você ser tão difícil quanto estiver afim de ser;
...
- Eu sou assim, se estiver cansada, não estiver mais afim, termina agora!
- Ah, lá vamos nós com o “termina agora” de novo.
...
- Os rancores que você guarda e a relação que você tem com ela são problemas seus! Eu não tenho nada ver com isso!
- Engraçado, eu nunca te disse que os seus problemas com a sua família são problemas só seus. Pelo contrário, eu sempre fiz questão de demonstrar que estava ali, do seu lado, pra resolvermos tudo juntos.
...
- Você tá comigo ou não? Você tá do meu lado ou não tá?
...
- Quando é que você vai parar de colocar essa relação em cheque?
...
- Eu não tenho nada mais pra te dizer.
...
...
- Vamos ver o filme que tá passando?
(...)
- Vamos
...
- O que você tá pensando?
- Nada...
...
- Eu só quero ficar bem.
...
- Me desculpa? Eu perdi a razão.
- Eu também. Desculpa...
...
- Eu preciso ser menos nervoso, eu sei.
...
- Quando disse aquilo... você tinha razão, desculpa.
- Quem é que te fez reconhecer? Quando eu falo você não escuta, quando são os outros, você reconhece.
- Tá, meu bem, eu sei. Desculpa... pelo menos eu reconheci.
- Eu sei, meu anjo... eu sei. Vem aqui.
...
- Você precisa parar de querer desistir, de colocar a relação em cheque.
- Eu nunca pensei em desistir, eu nunca vou desistir da gente. É que eu tenho tanto medo de você não me querer mais...
...
- Vamos? Por favor, é importante pra mim.
- Tudo bem, amor. Nós vamos.
...
- Amor, vamos deitar lá dentro, na cama?
- Ãh? Ahã, vamos...
...
- Te amo.
- Também te amo.
Apostar na parte bacana do tal do amor. Do tal do amor...
Don't you worry there my honey / We might not have any money / But we've got our love to pay the bills Maybe I think you're cute and funny / Maybe I wanna do what bunnies do with you
If you know what I mean
Oh lets get rich and buy our parents / Homes in the south of France
Lets get rich / And give everybody nice sweaters / And teach them how to dance Lets get rich and build a house / On a mountain making everybody look like ants
From way up there, you and I, you and I
Well you might be a bit confused / And you might be a little bit bruised
But baby how we spoon like no one else / So I will help you read those books
If you will soothe my worried looks / And we will put the lonesome on the shelf
Lets get rich and buy our parents / Homes in the south of France
Lets get rich and give everybody / Nice sweaters and teach them how to dance
Lets get rich and build a house / On a mountain making everybody look like ants
From way up there, you and I, you and I
Hoje faz 1 ano que você entrou na minha vida. Não, não faz 1 ano ininterrupto que a gente tá junto, mas enfim, faz um ano que essa novela começou, que a gente se beijou pela 1ª vez e começou a ser - mesmo que minimamente, àquele tempo - um do outro.
Eu não vou mentir que somos um casal perfeito. Nem que somos 100% felizes em 100% do tempo, nem que temos um relacionamento perfeitamente estável, nem que você é a pessoa que eu mais amei na vida. Não vou fingir certezas, não vou dizer que você é a melhor pessoa que eu poderia ter. Não vou te prometer a eternidade, não vou fingir que acredito nela. Não vou falar em almas gêmeas. Não, eu não acho que sejamos.
Mas eu não me arrependo. Não queria ter feito diferente, não queria ter mudado nada, não queria estar menos com você, ou não estar com você. Não queria nesse momento nenhum status que não fosse esse, o de sua namorada.
Eu sei que você pode ser o cara mais imperfeito e irritante do mundo at times. Eu sei que nos nossos momentos críticos eu chego a ter pena de mim mesma por ter me apaixonado por você, por ter escolhido você. Eu sei que questiono sempre a validade desse relacionamento, que não tenho muitas certezas, que inclusive estamos um tanto quanto em crise. Não, não é fácil, no piece of cake, no “La vie em rose”. Pelo contrário.
Mas olhando pra trás no dia de hoje, olhando pra mim e pro espaço preenchido no meu peito, na minha cama, nas minhas fotos, eu tenho certeza de que vale a pena. Sem querer ver lá na frente e questionar “até quando”, hoje eu agradeço a sua presença na minha vida. E o seu amor tão mais incondicional que o meu, as suas certezas tão mais profundas que as minhas, a sua dedicação, o seu cuidado, o seu carinho, a sua disposição pra qualquer tempo e razão. A sua forma de amar tão mais simples que a minha, sob tantos aspectos.
Eu hoje agradeço que você exista, e que me ame da forma que eu mais precisava ser amada (sem nem saber que precisava). Mesmo não sendo tudo aquilo que eu desejava, mesmo não sendo perfeito, mesmo estando tão longe disso.
Quando eu aprendi a ler (e comecei a passar todas as minhas tardes lendo, enquanto as outras crianças brincavam de pique), ela ficava sentada do meu lado, 3 anos mais nova, livro de cabeça pra baixo, olhos apertados tentando entender o que ela nem imaginava como fazer.
- Mãe, eu tento adivinhar, tento adivinhar, mas não consigo!
Ontem ela se sentou chorando na ponta da minha cama e começou a falar do quanto ela queria ser eu, do quanto ela queria ser independente, e não precisar de uma família como eu, não depender de uma mãe, não segurar-se com tanta força na esperança de um futuro diferente. E falou do quanto ela se sente sozinha e perdida no mundo, e do quanto ela nunca sabe se tá fazendo o certo, e se o caminho é esse mesmo, sem ter ninguém pra por o dedo na cara, pra dizer se ela tá errando ou acertando, pra... guiar mesmo. “Eu sigo em frente sem saber se o que ouço são vaias ou gritos de alegria”, ela disse.
E a verdade é que eu sempre soube disso, eu sempre soube que esse dia ia chegar. Desde criança que eu olhava pra ela, se batendo pra estudar pra prova, jogando futebol preocupada com o meu pai assistindo de fora do campo, sem saber fazer o dever de casa... e eu já sabia, sabia que ela era uma pessoa que precisava ser cuidada e mandada e orientada mesmo, na vida. Mais que eu, pelo menos.
Agora ela cresceu o suficiente pra saber disso também. E pra se revoltar, e pra não aceitar esse destino de pai distante e mãe maluca, e pra querer o direito que a gente ingenuamente julga adquirido. De uma família normal, de alguém pra proibir e pra mandar na gente, de um colo, uma asa pra aquecer e proteger. Ela chegou àquele ponto que eu sabia ser inevitável e... e eu não tenho como preencher as lacunas e vazios que ela tem por dentro. E só eu sei o quanto eu queria fazer isso, o quanto eu queria poder... sei lá, colocar ela no meu colo e dizer que vai ficar tudo bem. Mas eu nem sei se ainda acredito que um dia vai ficar tudo bem.
Eu não sei aonde eu estava com a cabeça quando chegou a hora de encarnar e eu falei “ah, eu quero aquela família ali”. Sério mesmo.
Esse lugar já é a algum tempo a minha válvula de escape, às vezes a única, e eu já deixei, também a algum tempo, de me preocupar com a repetitividade dos temas, com a redundância das minhas palavras. Eu escrevo pra me esvaziar, nem que isso signifique fazer 10 textos sobre o mesmo assunto. Eu preciso é que ele se esgote em mim.
Sabe, às vezes eu tenho umas vontades inexplicáveis (como essa aqui) de te lembrar daquelas coisas que falamos todo dia. E hoje... hoje me deu uma vontade boba de vir aqui te dizer mais uma vez aquilo que já é tão óbvio e repetido: EU TE AMO.
E é muito, e é de verdade, e aquilo que você fala é tão recíproco: eu não consigo me ver sem estar te namorando, eu não consigo me ver não te amando. Eu não consigo me ver sem o seu peito pra deitar, sem a sua barba na minha nuca, sem o seu abraço, sem os seus olhos, o seu beijo. Eu não conseguiria mais olhar pra minha casa e não ter você no sofá, fumando na janela, vidrado no futebol, buscando outra cerveja na geladeira. Nem poderia olhar pra minha cama e não ver a sua cabeça no travesseiro do lado, a sua escova de dente no armário do banheiro, as suas roupas no meu guarda-roupa... Como naquele post da Ticcia que fala tudo: "E quando a gente vê, ama e ama e ama. E ama muito, e ama tanto, e a vida já não é só, e a vida é uma outra, cheia de coisas sem as quais você jamais poderia voltar a ser feliz."
Eu vim te dizer isso assim do nada porque às vezes eu me lembro da gente antes, ou leio algum email em que eu contava pra uma amiga que você tinha sumido sem explicação, ou lembro que apaguei todos os seus emails e mensagens no celular depois "daquilo"... e eu fico pensando em quantas vezes a gente ficou a um passo de se perder por aí, pelo mundo, talvez pra sempre. Nos braços de outros e outras quaisquer. E eu sei, a gente teria ido em frente e a vida teria tomado outros rumos e todos sobreviveríamos. Eu não tô dizendo que ia dar tudo errado, que eu não seria feliz, que o mundo ia acabar. Não ia, a gente sabe que não. A gente sabe que tudo daria certo, eventually, pra ambos. Fosse pelas baladas e bebedeiras da vida, fosse encontrando outra pessoa, fosse criando mais ou menos obstáculos nos futuros relacionamentos. A gente ia se virar, a gente ia se esquecer.
Mas eu não posso evitar o pensamento de que perderíamos tanto, de que deixaríamos de viver e aprender tanta coisa. Desde os milhares de testes à minha paciência aos quais você me submete diariamente, até as tantas e tantas horas deitada no seu peito. Desde as lágrimas e as discussões, desde o intenso e desgastante processo de adaptação, de ambos... até aqueles momentos em que a gente se olha e concorda, só com o olhar... que “se isso não é amor, o que mais pode ser?”. Desde as nossas diferenças insuperáveis, a sua insistência em me mudar e mandar e a minha completa e absoluta recusa em permiti-lo; desde o seu ciúme doentio e a minha insegurança latente... até o conforto indizível da presença, das ligações, dos emails, da cumplicidade. Eu olho pra cara do seu cachorro e não sei como seria o mundo se eu não visse mais aqueles olhos de desenho animado e aquele rabo de espanador que eu já amo tanto. Eu olho pros seus pais e vejo a naturalidade com que eles me incluem na família, o carinho nos pequenos gestos, o interesse deles na minha vida e no aumento da nossa convivência... eu vejo isso tudo e tenho vontade de chorar, de alívio por não ter perdido isso tudo e de medo de perder um dia. E aí eu olho pra mim e sinto tanto por não ter o mesmo pra te dar, por não ter uma grande família pra te apresentar e te oferecer, não ter pais presentes que façam questão de te conhecer e te incluir e te aprovar, não ter uma base sólida e ao mesmo tempo tão bonita quanto a sua.
Eu não sei como o meu gerente lá em cima fez isso (ou o destino, ou quem quer que seja). Nos envolvendo e disfarçando tudo de nós mesmos, nos prendendo um no outro e escondendo de nós, os personagens principais, a trama principal do filme. Olhando de fora parece que foi tudo calculado e planejado, parece que eu te dobrei e pus no bolso, te convertendo do falcatrua inveterado ao namorado mais apaixonado e dedicado que já vi. Mas se tivesse sido assim eu não teria tanta resistência, até hoje, ao compromisso, à dependência, às obrigações. Quando te falei “eu nunca quis namorar e eu não namoraria você”, não era blefe, nem tática. Era a verdade. Quando eu disse que tinha acabado pra mim e que eu não acreditava na mudança das pessoas, não era charme. Era a minha regra mais primordial.
Eu sei que foi uma questão de escolhas. De disposição, de acordos firmados. Você prometendo mudança, eu prometendo tentar. Você prometendo respeito e fidelidade, eu prometendo confiar. Alguém tem que ceder. Todos os dias. Mas mesmo tendo tanta consciência, e mesmo tendo me tornado a pessoa realmente racional e analítica que aprendi a ser ao longo do tempo, eu ainda vejo... alguma coisa muito alheia a nós, aos nossos planos, às nossas vontades, às nossas fraquezas. Algo que talvez aquela cartomante tenha previsto a uns anos atrás, algo que a gente não esperava e nem queria. O escrito certo nas linhas mais tortas.
Eu hoje não te falo tudo, omito pra não discutir, me finjo de boba quando convém. I’m learning you. E não é dissimulação, é diplomacia. Eu hoje não te mostro os meus escritos porque já sei que você não vai entendê-los do jeito certo (como todos os outros homens do mundo), e sempre vai se prender na frase errada, no meio de mil parágrafos certos. Eu não te conto do passado e eu sei que você não quer saber. Eu sei que você prefere fingir pra si mesmo que não existiram outros. E eu deixo. Mas te investigo, e quero saber tudo, mesmo que doa, do passado mais remoto ao presente mais recente. Eu traço o seu perfil sem pretender que não existisse vida antes de mim, é só assim que eu vou te conhecer de verdade. Eu fiz Direito, meu bem... eu sou a favor de todos os meios de prova e análise em juízo admitidos. E alguns não admitidos, porque formalismo é bobagem.
Eu hoje te amo de verdade e sem dúvida. Quase que sem medo. Eu hoje tenho absoluta certeza da reciprocidade disso. Eu não digo que seja pra sempre porque não acredito em pra sempre, eu não faço planos demais porque sei que amor não enche barriga, e sei que temos muito mais lados que não se encaixam do que qualquer outra coisa. Mas eu não troco isso aqui por nada. Nem mesmo por um relacionamento simples e sem brigas, nem pela minha antiga liberdade total. Eu não sei até que data nós vamos, até que ponto da estrada conseguiremos caminhar juntos, até quando pertencer um ao outro será a melhor escolha. Mas eu agradeço, de verdade. A Deus; ao destino; a quem quer que seja e a todas as partes envolvidas... a tudo que nos trouxe até aqui. Porque eu te amo, porque você me ama. E por que em dias como hoje isso compensa todo o resto.
Eu sei que qualquer menina seria melhor que eu em alguns aspectos. Eu sei que qualquer menina valorizaria mais, em determinados momentos, a sua dedicação e a questão que você faz de me priorizar, de estar sempre comigo, de me apresentar pra todo mundo e me levar em todo e qualquer evento, de me incluir na família. Eu sei que qualquer menina compartilharia tudo de bom grado, te contaria cada detalhe do dia e te daria todas as possíveis satisfações e informações mesmo que você não pedisse. Eu sei que qualquer menina largaria turma, amigas, programas e afins, eu sei que qualquer menina andaria na linha e com rédea bem curta, e portanto corresponderia tão melhor que eu ao que você espera. E não daria nem um passo sem a sua presença, e não faria questão de conservar antigos laços, e faria da sua turma a única turma, dos seus amigos os únicos amigos, dos seus planos os únicos planos. Eu sei que qualquer menina se adaptaria e se moldaria a você como uma roupa feita sob medida, sem reclamações e ressalvas, achando um bom danado o fato de ter um namorado tão dedicado e tão disposto, reconhecendo o privilégio de ter alguém que quer estar junto o tempo todo.
O problema é que eu não sou qualquer menina. Eu não sou moça de família, eu não preciso da aprovação dos pais e familiares, eu não tenho hora pra chegar em casa, determinados dias pra sair, regras e limites. O meu pai não me liga pra saber onde eu estou. Ele está a mais de mil quilômetros de distância e ele raramente sabe onde eu estou. E a minha mãe... dela eu não preciso falar, você já sabe. O fato é que eu não tenho e mal me lembro de um dia ter tido alguém pra me mandar, pra me dizer onde ir, o que fazer, como agir. Eu sempre devi satisfações a uma única cabeça: a minha. E se por um lado é um milagre que eu tenha crescido normal e saudável e com consideráveis bom senso e sanidade mental, por outro... eu sei que essa ausência de pai e mãe me tornou uma pessoa bem “desadaptada”a algumas coisas. E foram raras as vezes em que isso foi um problema antes. Ou melhor, foram raras as vezes em que eu não soube lidar com esse problema.
Pouco me importa que os meus pais e avós, primos e tios e familiares te aprovem. Francamente, não cabe a eles aprovar nada. Me importa (muito mais do que importaria a qualquer outra namorada que você tivesse) que a minha irmã e os meus amigos te aprovem. Não todos, mas aquele seleto grupo. Isso porque são eles que eu tenho na vida, eles sim são a minha família. Num grau em que, por ter a sua, você não entenderia. E eu nem espero que entenda. Eu só espero que respeite e saiba que eu não vou abandonar nem vou abrir mão de nada que se relacione a eles (e eu realmente acredito que você não quer isso de mim).
E eu vou entender se por acaso você decidir que não quer uma menina assim. Eu sei que não é simples. Mas se quiser tentar, e se me cabe prometer alguma coisa, eu prometo não te prender e não te limitar, não grudar no seu pé, não cobrar a sua atenção absoluta e nem a sua presença constante. Eu prometo respeitar o seu espaço, o futebol, os programas masculinos. Eu prometo fazer questão que eles aconteçam. Eu prometo não ser moralista ou possessiva, não te pedir senhas, não rasgar suas fotos antigas. Prometo não fazer papel de mãe e prometo até não chorar demais (tá, essa parte eu prometo tentar, pode ser?).
E sem medo de falar demais, eu te prometo fidelidade e lealdade, companheirismo, emails longos e ligações no meio da tarde, até que você se canse das minhas palavras. Eu prometo muita música e muita foto bonita, muitas das minhas criativas declarações. Eu prometo não te traumatizar, não te afastar das pessoas que são importantes pra você, não te ligar oitocentas vezes seguidas, não brigar demais. Prometo que meu coração é bom e sempre vai ser, prometo que você nunca vai ter que ouvir ninguém dizer o contrário (a não ser a minha mãe, talvez... mas nunca o seu amigo mais antigo).
Mas principalmente, eu te prometo não mudar demais, não me anular, não me apagar, não me perder pelo caminho. Nem te anular, nem te apagar, nem te mudar demais, nem te perder pelo caminho. Eu te prometo o respeito. E prometo te dar o melhor de mim, e garanto que esse melhor é muita coisa.
Eu só te peço paciência, eu só te peço que me aceite e tente entender. Os meus silêncios, os meus princípios, as nossas diferenças. E que não me compare e não espere que eu seja como qualquer outra menina, porque isso eu já sei que eu não posso ser.
E pensando bem... você também não é qualquer cara, pra namorar qualquer menina. Né?
I’ve been struggling, fighting, carrying the world on my shoulders, trying to beat genetic conditions and stay sane. I've been enjoying, floating around, dancing on the tops of buildings. Acknowledging my good fortune, feeling grateful and blessed, in love with all the places I've been, with all of the friends I've made.
Really lucky, really patient. Very hard on myself, very soft on others. I'm green but wise, free but focused, brave but chickenshit. Especially this last one.