Eu te amo com toda a sua dor, com toda a sua cegueira de amor (não era pra rimar), com toda a culpa que você carrega nesses ombros. Embora discorde (pelo menos em parte) de cada um deles. Eu te amo apesar de toda a incoerência, de todo o desamparo, de todos os erros, de todo o abandono, seja ele consciente ou não. Apesar de toda a sua incapacidade de ver o quanto você está sempre disposto a dar e pagar e doer e se sacrificar por ela, e o quanto não está mais, há tantos anos, disposto a dar por mim, pra mim. Eu te amo e sou a mulher que não vai te deixar, a mulher que vai cuidar de você no final, a mulher que não vai te largar, te trair, roer a corda. Eu te amo na saúde e na doença, da forma mais incondicional que conheço, da forma mais incondicional que já vi um filho amar.
Eu te amo e queria tanto que isso significasse mais na sua vida, queria tanto que essa certeza te preenchesse mais os vazios, mas... o que me resta além de querer? Talvez seja só a sua incapacidade de expressão, de efusividade. Talvez seja porque o seu amor (e a sua mulher) sempre serão a parte mais importante da sua vida, e não tem jeito.
Mas eu estou aqui. Por você, pra você. Sempre.